[Resenha]: "O Impulso", de Ashley Audrain






A história é apresentada por Blythe e funciona como um grande desabafo dirigido ao seu marido Fox. Eles tiveram um casamento feliz até o nascimento de Violet. Blythe havia sido criada por uma mãe negligente que a abandonou ainda criança e estava determinada a ser para a filha, o que a mãe não foi para ela. Entretanto, quando Violet nasceu, uma grande frustração tomou conta de Blythe porque não conseguiu sentir o vínculo maternal com a criança. Esperava que desejassem uma à outra, mas isso não aconteceu. 

Ao passar do tempo as tentativas para conquistá-la mostraram-se infrutíferas, pois a filha a rejeitava e só demonstrava amor pelo pai. Blythe sente-se culpada, inadequada e extremamente infeliz. A ansiedade do marido para que ela proceda como as outras mães, só piora a situação. Esta realidade, bem longe do ideal de felicidade que se espera da maternidade, arrastou Blythe até o limite da insanidade. Estaria ela predestinada a se comportar com a filha do mesmo modo que a mãe se comportou com ela? Ou há algo mais nesta trama? Revelar mais do que isso é estragar a história.

A rotina de Blythe é intercalada por flashbacks da sua infância e da infância da sua mãe, trazendo incertezas e mais tensão ao enredo. O mistério que é o fio condutor da trama não é original, eu mesma já me deparei com ele em outros livros, mas a maneira como é tratado aqui, causa impacto, perturba e comove. Tudo no livro é bom, a começar pelo título que é super apropriado. Vale a pena conferir. 😉


Título nacional: O Impulso
Título original: The Push
Autora: Ashley Audrain
Tradução: Lígia Azevedo
Nº de Páginas: 359
Formato: eBook
Data de lançamento no Brasil: 2021
Editora: Paralela
Gênero: Suspense psicológico

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