[Resenha]: "Desonra", de J. M. Coetzee
Muito mulherengo, o professor, mesmo sabendo do perigo, inicia um caso com uma aluna de 20 anos, chamada Melanie. Quando Melanie e seu pai apresentam uma queixa de assédio sexual contra ele, Lurie é levado perante um comitê acadêmico, onde admite a culpa, mas não reconhece o erro. Ele tem a oportunidade de se desculpar e salvar sua carreira, mas recusa tudo. Com o nome jogado na lama, deixa a universidade, a cidade e vai passar um tempo com a filha que mora em uma fazenda.
No campo, David e a filha Lucy sentem na pele o resultado da longa história de opressão racial da África do Sul. A fazenda é invadida e ambos são barbaramente atacados por três homens negros. A explosão de violência que vivenciou marca o início da transformação de Lurie, porque rompe a bolha de indiferença e arrogância em que vivia, levando-o a reavaliar seu próprio comportamento e a enxergar o mundo por outra perspectiva.
Meus amigos, termino esta resenha com a sensação de que deixei a desejar, porque esta história é muito maior do que eu consigo descrever aqui e mais profunda do que se possa imaginar. A escrita do autor é repleta de simbolismo e transborda sentimento, apesar de ser seca e direta, e, por isso, impressiona, incomoda e provoca reflexões. Não é uma leitura fácil, mas espero que se sintam incentivados a conferir, porque vale a pena.
Título nacional: Desonra
Título original: Disgrace
Autor: J. M. Coetzee
Tradução: José Rubens Siqueira
Nº de Páginas: 212
Formato: eBook Kindle
Ano de lançamento no Brasil: 2000
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Romance
Comentários
Postar um comentário
Muito legal ter você por aqui!
Quer deixar um recadinho, comentário, sugestão?
Fique à vontade!
Bjs da Cris!