[Resenha]: "As Garotas de Beantown", de Jane Healey
A história se passa nos anos finais da Segunda Guerra Mundial e é contada por Fiona Denning, uma jovem de Boston, que escolheu trabalhar como voluntária para a Cruz Vermelha, numa tentativa de descobrir o que aconteceu com seu noivo no dia em que seu avião foi derrubado pelos nazistas em algum lugar da Alemanha. Ele é considerado desaparecido em ação e Fiona anseia chegar à Europa para encontrar respostas, ou talvez até mesmo encontrá-lo.
Fiona e as amigas Viviana e Dottie, conhecidas como "as garotas de Beantown", ingressaram no programa Clubmobile (caminhão equipado com minicozinha), com a função de levar um pouco do afeto de casa para as tropas no front. Para conseguir tal conexão, as garotas americanas preparavam e serviam aos soldados xícaras de café quentinho e donuts saborosos.
Segundo a autora, esta é uma obra de ficção, mas grande parte dela é baseada em histórias reais das verdadeiras garotas Cruz Vermelha Clubmobile. Pesquisei e descobri que na invasão da Normandia, em junho de 1944, cerca de 100 caminhões foram convertidos em clubmobiles, cada um dos quais dirigidos e operados por três mulheres americanas. Um relatório daquele ano mostrou que as voluntárias da Cruz Vermelha na Grã-Bretanha serviram mais de 4 milhões de donuts para as tropas.
A trama é bastante previsível, mas emociona ao mostrar mulheres corajosas empenhadas em levantar o moral de soldados abalados pela guerra. Em meio a tristeza que o conflito provoca, a gente encontra uma história repleta de compaixão, solidariedade, companheirismo e amor. Vale a pena conferir.
Título nacional: As Garotas de Beantown
Título original: The Beantown Girls
Autora: Jane Healey
Tradução: S. T. Silveira
Nº de Páginas: 342
Formato: eBook
Data de lançamento no Brasil: 2020
Editora: Pausa
Gênero: Ficção histórica
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