[Resenha]: "A Luz que Perdemos", de Jill Santapolo





Com eventos extremamente trágicos, Jill Santopolo inicia e finaliza "A Luz que Perdemos", numa tentativa, ao meu ver, de criar empatia para a história de Lucy e Gabe. Dois jovens de Nova York, recém-formados, que se apaixonam e desenvolvem um vínculo especial por pouco mais de um ano, até que Gabe, à revelia de Lucy, parte para trabalhar como fotojornalista no Oriente Médio. 

Nos próximos 13 anos, mesmo tendo se casado, Lucy jamais deixa de pensar em Gabe e  de estar disponível para atender seus chamados. Chamados esses que geralmente aconteciam quando ele passava por um mau momento. O tempo, a distância, o peso das escolhas, contribuíram para que Lucy colocasse Gabe em um pedestal, idealizando-o como o primeiro amor perfeito. No entanto, sabemos que não é bem assim, e as constantes comparações que ela faz entre o marido e Gabe é, no mínimo, enervante.  

E foi aí que o livro começou a me decepcionar... Para aceitar a conduta de Gabe e Lucy, além do egocentrismo e da cegueira de um e de outro, seria necessário ter evidências da intensidade do amor deles. Mas, no curto tempo em que estiveram juntos, o máximo que conseguiram foi desenvolver um romance ardente, meio juvenil e só. O casal não teve tempo para aprofundar e fortalecer sentimentos, pois tomaram caminhos diferentes antes disso. Então, como entender essa ligação toda por longos treze anos? 

Há uma mensagem clara sobre as consequências das escolhas que fazemos e isso é um ponto positivo do livro. O enredo não é ruim, há bons diálogos, mas teria funcionado melhor para mim se tivesse mais profundidade emocional.

Título nacional: A Luz que Perdemos
Título original: The Light We Lost
Autora: Jill Santopolo
Tradução: Roberto Grey
Nº de Páginas: 288
Formato: eBook Kindle 
Ano de lançamento no Brasil: 2018
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance

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