[Resenha]: "Menina Boa Menina Má", de Ali Land





Aos 15 anos, Annie resolveu denunciar a mãe que, num período de dez anos, assassinou nove crianças. Os assassinatos aconteceram na casa onde moravam, em um quarto que a mãe de Annie chamava ironicamente de playground. Annie forneceu provas cruciais e a serial killer foi presa. 

Depois disso, para sua própria proteção e para que tivesse a chance de uma vida normal, Annie teve o nome trocado para Milly e foi enviada para um lar provisório. O pai adotivo, Mike, é o profissional que vai prepará-la para a difícil tarefa de testemunhar contra a mãe no tribunal. Milly logo percebe que sua nova família não é feliz. Mike é uma pessoa bem intencionada, mas não consegue resolver os sérios problemas apresentados por sua esposa e filha. Esta última não gosta de Milly, mas é dissimulada. 

A história é contada pelo ponto de vista de Milly e isso nos leva para dentro dos seus pensamentos mais íntimos. Uma confusão de sentimentos são expostos, pois Milly sofre por ter denunciado a mãe e por estar longe dela. Sofre ainda mais porque a ama, mas a rejeita, pois não quer ser igual a ela. Seu desejo é se encaixar naquela nova família, vencer as pressões e recomeçar a vida. Quer sufocar a nefasta influência da maldade materna. Quer  ser uma menina boa. Será que consegue?

"Menina Boa Menina Má" é um thriller muito bom, minha única ressalva é sobre a falta de sinais de pontuação nos diálogos, o que tornou a narrativa meio confusa, porque às vezes Milly conta a história como se estivesse conversando com a mãe. Isso, no entanto, não tira o brilho dessa leitura perturbadora e instigante.


Título nacional: Menina Boa Menina Má
Título original: Good Me Bad Me
Autora: Ali Land
Tradução: Claudia Costa Guimarães
Nº de Páginas: 324
Formato: eBook Kindle 
Ano de lançamento no Brasil: 2018
Editora: Record
Gênero: Suspense psicológico

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