Mãos à obra!
Constituir um ser humano, um nós,
é trabalho que não dá férias nem concede descanso:
haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras.
Quem sabe um pedaço que vai desabar.
Mas se abrirão também janelas para a paisagem e varandas para o sol.
O que se produzir - casa habitável ou ruína estéril -
será a soma do que pensaram e pensamos de nós,
do quanto nos amaram e nos amamos,
do que nos fizeram pensar que valemos
e do que fizemos para confirmar ou mudar isso...
Lya Luft
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