Eu assisti: "O Enviado"


"O Enviado" (no original, "Sympathy for Delicious"), traz Mark Ruffalo em dose dupla: na direção e no elenco. 

Christopher Thornton escreveu o roteiro e interpreta Dean O'Dwyer, um  DJ de LA, também conhecido como 'Delicious D', que  fica paraplégico após um acidente de moto. Amargurado e vivendo nas ruas, ele encontra uma mão amiga em Padre Joe (Mark Ruffalo). 

Não demora para 'Delicious D' descobrir que possui o poder miraculoso de curar as pessoas de suas deficiências e doenças,  mas não é capaz de curar a si mesmo. 

A princípio, o DJ acata o pedido do amigo padre, que pretende atrair doações para um abrigo, e começa a curar os pobres enfermos. Impulsionado pela ideia de que está sendo explorado e pelo desejo de fama e fortuna, Dean vira as costas para a igreja e se junta a uma banda de rock. A partir daí,  passa a ganhar dinheiro para curar as pessoas no palco, enquanto a banda se apresenta. A sua notoriedade recente, entretanto, é incapaz de curar a dor que engloba sua vida...

Tanto para Ruffalo quanto para Thornton, "Sympathy for Delicious"  foi claramente um trabalho de amor. Um projeto de paixão. Eles são amigos de longa data e trabalharam por 10 anos para levar "Delicious" para as telas.  Thornton, que na vida real ficou paralítico aos 25 anos depois de sofrer acidente em uma escalada, foi inspirado a escrever esta história por suas próprias experiências no mundo da cura pela fé, o que deu ao filme um forte impacto de honesta emoção.

O filme também é estrelado por Orlando Bloom e Juliette Lewis, além  de Laura Linney, com quem Mark contracenou no excelente "Conte Comigo", em 2000.

"O Enviado" marca a ótima estreia do Mark Ruffalo na direção e é um filme competente dentro da sua proposta, já que nos leva a refletir sobre os conflitos morais estabelecidos entre o DJ e o padre.

Nos créditos, Mark dedica o filme à memoria do seu irmão Scott Ruffalo, que morreu precocemente em 2008, aos 39 anos.

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