[Resenha] "A Guerra que Salvou a Minha Vida", de Kimberly Brubaker Bradley




Título nacional: A Guerra que Salvou a Minha Vida
Título original: The War That Saved My Life
Autor: Kimberly Brubaker Bradley
Tradutora: Mariana Serpa Vollmer
Nº de Páginas: 240
Ano de lançamento no Brasil: 2017
Editora: Darkside
Gênero: Ficção histórica norte-americana


Ada Smith, uma menina britânica de 10 anos de idade, é a narradora desta história, que se passa em 1939, quando a Inglaterra está à beira de entrar na Segunda Grande Guerra. Ada vive em Londres, em um conjugado miserável, com a mãe e Jamie, seu irmão mais novo, que tem 6 anos. Ela nasceu com o pé direito torto o que a impede de andar. Para se locomover, se arrasta pelo chão. A mãe sente vergonha, não quer que os vizinhos vejam a deficiência da filha e a proíbe de sair de casa. Ada vive como uma prisioneira, é humilhada constantemente e apanha por qualquer coisa. Sua vida é dolorosa. Ela sonha em brincar na rua com as outras crianças e, acima de tudo, deseja que a mãe sinta por ela orgulho, em vez de vergonha. Visando isso, resolve aprender sozinha a andar. E, a duras penas, aprende! 

Este aprendizado será de grande valia, pois quando chega a ordem para que todas as crianças saiam de Londres rumo ao interior para escapar da guerra, Ada, mesmo sem a permissão da mãe, se junta ao irmão e vai embora. 

No interior, Ada e Jamie são colocados sob a guarda da relutante srta. Susan Smith, que além de não demonstrar entusiasmo em cuidar deles, está visivelmente abatida devido a morte recente de uma pessoa querida. Independente disso, no entanto,  a convivência se mostrará benéfica a todos. Devido a carência afetiva, Ada é insegura e desconfiada, e tem dificuldade de entender de pronto quando alguém está tentando ser gentil com ela, mas sente que os muros que ela mesma criou para se proteger, estão aos poucos ruindo. Por seu lado, Susan percebe que quanto mais se envolve e se dedica às crianças, mais gosta deles e menos se deixa abater.   

"A Guerra que Salvou a Minha Vida", de Kimberly Brubaker Bradley, é uma história bonita e delicada sobre superação e reparação. Revela que relações carinhosas, baseadas no respeito e na confiança são fundamentais para sarar dores e traumas, e essenciais para nos estimular a seguir em frente. Além de ter gostado da história, apreciei o fato da autora ter incluído muitas informações sobre a Segunda Guerra Mundial, e sobre a vida na Inglaterra daquela época, sem tirar o foco da mensagem principal do livro, que é: resiliência. Recomendo a leitura!


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