Dois k-dramas que me fizeram chorar...

Por uma questão de sobrevivência emocional saudável, eu não costumo ver ou ler nada que me faça derramar muitas lágrimas, mas recentemente assisti a dois k-dramas que me fizeram chorar, mas também trouxeram um quentinho pro meu coração e aprendizado pra vida. 

As séries em questão são: “O Vento Sopra" e “My Blooming Life”. Acompanhei as duas pelo Viki, e, coincidentemente, as duas foram protagonizadas pelo ator sul-coreano Kam Woo-sung. Excelente ator, diga-se de passagem.

"O Vento Sopra" é de 2019 e tem 16 episódios, de aproximadamente 1h e 10min cada um.

O roteirista é Hwang Joo Ha, e os diretores são: Jung Jung-hwa e Kim Bo-Kyunge.

Nos papéis principais estão: Kam Woo-sung e Kim Ha- neul (que arrasam!).

Nota no Viki: 9,6

O casal tem por volta de 35 anos e se conheceu na faculdade. No momento que a história começa, percebemos que o casamento, que já dura 6 anos, está passando por uma crise séria. A tensão resulta do seguinte impasse: ela quer ter um filho, mas ele não. Numa tentativa de manter o casamento, pois é muito apaixonado, o marido tenta fazer a esposa mudar de opinião sobre a maternidade, mas não consegue. Na verdade, ele não quer filhos porque foi diagnosticado com a doença de Alzheimer, mas não tem coragem de contar. Como já começou a ter os primeiros sintomas da doença, está preocupado com o futuro da esposa, pois prevê que ela terá que abrir mão de muito mais coisas para ficar e cuidar dele. Diante desta realidade, ele acaba aceitando o divórcio. E aqui, preciso dizer que o meu coração doeu, pois há um acontecimento/surpresa que pode evitar a separação, mas ele está tão focado em liberar a companheira para que ela tenha uma vida boa e um futuro mais promissor, que deixa a oportunidade passar. 

Seis anos depois do divórcio, eles se reencontram, mas ele passa por ela na rua e não a reconhece. Imediatamente uma luzinha se acendeu e ela começa a investigar e descobre a real condição dele. Posso dizer que nesta segunda parte do drama me deparei com uma das mais bonitas histórias de amor incondicional que já acompanhei. É uma história repleta de empatia e altruísmo. É linda, é doce, é feliz e é triste. Mas é, acima de tudo, realista, madura e profunda. Eu amei e recomendo muito.

“My Blooming Life” é de 2014 e tem 16 episódios de aproximadamente 1 hora cada um.

O roteirista é Park Ji-sook, e o diretor é Jang Joon-ho.

Nos papéis principais estão: Kam Woo-sung e Choi Sooyoung.

Nota no Viki: 8,9

Neste K-drama vamos acompanhar a história de uma jovem que passou por um transplante de coração. Depois da cirurgia ela começa uma nova vida embasada no otimismo e na vontade de viver fazendo o bem para si e para os outros. Cinco anos após o transplante, ela decide visitar a ilha onde a doadora faleceu em um acidente no mar e lá encontra o viúvo e os dois filhos dela. Imediatamente uma forte conexão surge entre eles, trazendo à tona a questão da memória celular, que pressupõe que as células do organismo humano detém o poder da memória, e são, portanto, capazes de armazenar costumes, valores e inclinações, tanto quanto os neurônios. Desta forma, qualquer órgão transplantado de uma pessoa para outra pode levar para o receptor hábitos semelhantes ao do doador. 

A possibilidade do encontro deles ter acontecido devido à vontade da falecida é realmente uma possibilidade, mas à medida que a relação se estreita fica claro que eles se gostam independente de qualquer influência. É um amor forte, maduro, capaz de enfrentar todo tipo de obstáculo, inclusive o da idade, já que ele é 18 anos mais velho que ela. Determinados a ficar juntos, nada os abala e põe em risco o amor que sentem. É com a ajuda dela que ele consegue resolver questões familiares que sempre o incomodaram. É com ela que ele reaprende a sorrir. É um amor lindo, a química entre eles transborda, mas, infelizmente, o destino resolve interferir e mesmo passados cinco anos, ela começa a sofrer com a rejeição do coração transplantado e a história fica triste, muito triste. Mas, vale a pena assistir pela bela mensagem de amor que transmite.

Até a próxima! 😉