"Os filhos não são dos pais, e sim do mundo".
Gostaríamos de tê-los embaixo da asa, sentados à mesa durante as refeições, dormindo tranquilos no quarto ao lado. Porém, a sina de "serem do mundo" cedo ou tarde se confirma. Durante a infância, a casa materna ainda se assemelha ao útero, mas assim que meninas menstruam e nascem os primeiros pelos nos meninos, começa o processo de valorização da própria identidade. E se eles puderem fazer isso longe da vista dos pais, tanto mais autêntica parecerá essa busca. Ainda mais agora que o mapa-múndi se tornou facilmente alcançável, não só por avião, mas por Skype. Mãe, a gente se fala todo dia, não chore.
[...]
O mundo é do tamanho das ambições dos nossos filhos. E do nosso amor por eles, onde quer que estejam. Nesse dias das mães, meu desejo a todas: que a conexão não caia. Nem hoje, nem nunca.
Martha Medeiros em "A Graça da Coisa"
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