Um breve encontro com Mark Ruffalo


Como você se torna um sucesso?

Minha esposa Sunrise me incentivou para colocar minha carreira de ator na engrenagem. Ela estava vivendo sozinha desde que era uma jovem modelo a viajar pelo mundo, e ela compreendia o mundo de uma maneira que eu não compreendia.

A quem mais você precisa agradecer?

Sunrise é amiga de Julianne Moore, que disse à Lisa Cholodenko que eu seria bom para The Kids Are All Right [Minhas Mães e Meu Pai]. Lisa até mesmo escreveu o papel para mim, mas no momento eu estava ocupado editando meu próprio filme [O Enviado]. Então, Sunrise enviou SMS à Julianne dizendo: "Sim, Mark ainda está disponível, ele vai fazê-lo. [...]". Agradeço a minha estrela da sorte por ter uma mulher tão boa ao meu lado. Eu gosto de trabalhar com diretoras mulheres.

Descreva a sua vida em casa.

Nós temos o que chamamos na minha família "minha reentrada", onde eu tenho que voltar para minha casa depois de estar fora, no mundo do cinema. Gosto de viver uma vida normal.

Você gostaria de fazer outro filme com Jane Campion?

Recentemente eu enviei mensagem à Jane às 4 da manhã, quando eu não conseguia dormir por causa da troca de fuso horário. Eu mantenho contato com ela desde que fizemos "Em Carne Viva". Ela é minha amiga. Talvez  trabalhemos juntos novamente. Ela é uma das diretoras dos maiores atores que trabalham hoje e ela me influenciou mais do que qualquer outro diretor.

Qual foi o atrativo, como ator, em Spotlight?

Eu sempre senti necessidade de contar histórias importantes, mas não estão fazendo muitos desses tipos de filmes mais e quando fazem, não me pedem para estar neles.  Filmes que ascendem uma cultura, como Minhas Mães e Meu Pai fez com o casamento gay na América. O mesmo com Spotlight, que mostra a Igreja Católica caminhando para fora de uma espécie de névoa que parece ter havido por tanto tempo.

Por quem você reza?

Eu sou um católico não praticante, embora eu tenha  rezado durante um período difícil da minha vida ligado a meu tumor cerebral. Quando isso acontece com você, é como: "Oh merda, isso vai acabar um dia, por isso é melhor ir em frente!" [...]

Você gosta de papéis "importantes" e depois... há o Hulk?

É divertido fazer o papel de Hulk. Eu começo a interpretar um papel interessante, que foi o meu primeiro interesse, e isso me permite fazer outras coisas que eu quero fazer. Mas minha preocupação agora é, será que alguém quer me ver em outra coisa senão isso? As pessoas não sabem o meu nome quando eu ando na rua. É como: "Hey, Hulk!" Eu estou literalmente tentando encontrar meu caminho através de tudo. Eu sou um personagem de Lego e os meus filhos brincam comigo. Fantástico.

Qual é o seu ponto de vista sobre a mídia social?

Eu uso muito o Twitter. Eu achei que fosse uma ferramenta democratizante maravilhosa. [...]

Você acha que faz a diferença através de seu trabalho e por falar em público?

Quando estudei com Stella Adler eu aprendi que os atores devem ter responsabilidade sobre questões políticas. Ela foi uma grande professora de atuação, bem como uma ativista. Meu pensamento é, quer se queira ou não, as pessoas estão olhando para você por algum tipo de orientação. Então, eu faço isso em parte porque me faz sentir bem, e em parte porque acredito que é para o bem de todos.

Crédito: spy.nzherald.co.nz

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