O último a lembrar de nós...


A gente vive até o dia que morre a última pessoa que lembra de nós. [...] Só quando essa pessoa morrer, é que morreremos em definitivo, para sempre. Estaremos tão mortos como se nunca tivéssemos existido.

[Nesse Dia de Finados] queria fazer uma homenagem a ele: ao último ser humano a lembrar de nós, a ter saudade de nós, a recordar nosso jeito de caminhar, de resmungar, o último a guardar os casos que ouviu sobre nós e a reter nossa história particular. O último a pronunciar nosso nome, a nos fazer elogios ou a discordar de nossas ideias. O último a permitir que habitássemos sua recordação. Bendita seja essa criatura, que ainda nos manterá vivos para além da vida.

Martha Medeiros

Crédito da imagem: our-amazing-world

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