O amor acaba...


...

Às vezes acaba na mesma música que começou, no mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes.

No coração que se dilata e quebra e o médico sentencia imprestável para o amor.

Às vezes o amor acaba como se fosse melhor nunca ter existido,
mas pode acabar com doçura e esperança.

Uma palavra muda e articulada e acaba o amor: na verdade, no álcool, de manhã, de noite,
na floração excessiva da primavera, no abuso do verão e na dissonância do outono.

Em todos os lugares, a qualquer hora e por qualquer motivo o amor acaba.

Acaba para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto.

Paulo Mendes Campos

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