Nós, brasileiros...


Temos pavor de deixar o sentimento de lado em prol de um raciocínio lógico. É como se, ao abrir mão do nosso perfil emotivo, perdêssemos a identidade. Queremos fazer amigos em cada bar, queremos ser amados, queremos contagiar com nossa faceirice e simploriedade. A ideia é encantar e seduzir através do nosso gigantesco coração. Só que, calorosos desse jeito, a autocrítica, que nasce do intelecto, desaparece. Sem autocrítica, como amadurecer?

Um Brasil um pouquinho mais cerebral e seríamos outro país.

(Trecho da crônica "Sentimentalismo", de Martha Medeiros)

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