[Resenha] "O Papel de Parede Amarelo", de Charlotte Perkins Gilman


"O Papel de Parede Amarelo", de Charlotte Perkins Gilman, foi publicado em 1892. Narrado em primeira pessoa, conta a história de uma personagem forçada ao isolamento por seu marido e médico, que pretende curá-la de "problemas dos nervos". Proibida de fazer qualquer esforço físico e mental, ela fica obcecada pela estampa do papel de parede de seu quarto, e, por fim, enlouquece de vez.

Como a sua personagem, a autora também viveu sob depressão durante um período e recebeu tratamento psicológico duvidoso, por isso é possível perceber elementos autobiográficos no livro.

Enquanto viveu, Charlotte Gilman participou concretamente da busca por direitos para as mulheres. Defendeu a liberdade feminina escrevendo livros, editando uma revista e dando palestras. Vítima de um câncer de mama inoperável naquela época, a autora cometeu suicídio em 1935, aos 75 anos. Nos anos 1970, sua obra foi redescoberta pelo movimento feminista norte-americano, e o conto do Papel de Parede Amarelo passou a ser uma espécie de bandeira feminista.

Livro: O Papel de Parede Amarelo
Título original: The Yellow Wallpaper
Autor: Charlotte Perkins Gilman
Tradução: Diogo Henriques
Páginas: 110
Ano de lançamento no Brasil: 2016
Editora: José Olympio
Categoria: Literatura estrangeira / Romance biográfico

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