Amor eterno...
Amores eternos existem e não há caretice alguma nisso.
Mas só há duas maneiras de torná-los eternos:
ou a gente os rotula como tal e se acomoda,
ou a gente analisa, discute, amadurece,
chora, pensa, repensa, ama, odeia, enfrenta,
tenta, tenta e tenta de novo.
É cansativo.
Exige construção e demolição de fantasias,
encontros e desencontros.
São esses os amores que ficam pra sempre:
aqueles que dão tanto trabalho
que a gente mal consegue perceber sua eternidade.
Martha Medeiros
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